(Pseudo)Blog

      


terça-feira, junho 13

  Animatrix

Técnica X Homem

Será que a técnica trará, como mostram os desenhos, um futuro tenebroso para a humanidade?
Talvez. Tudo dependerá de como o homem utilizar a técnica. Não tem como parar os avanços tecnológicos, mas é preciso ir com calma. Ao invés de se maravilhar com cada descoberta, as pessoas deveriam se preocupar em avaliar o impacto que ela poderá causar na sociedade antes de colocá-la em prática. Por exemplo, os robôs deveriam servir para facilitar a vida das pessoas, e não para tirar o emprego daqueles que querem trabalhar.
Com o avanço da técnica, as possibilidades vão se alargando. Mas é preciso verificar se realmente vale a pena cada interferência na vida das pessoas, para o futuro não acabar se tornando o absurdo que ocorre nos desenhos 2 e 3 (o homem cria a máquina inteligente, depois decide se livrar da máquina, a máquina se une e decide ir contra o homem, em prol de sua subsistência, e por fim consegue triunfar, utilizando o metabolismo dos homens como fonte de energia). Embora se trate de uma metáfora para o que em tese já acontece (em pequena escala) no dia-a-dia (tipo quando alguém se revolta quando um computador dá erro, ou se irrita porque a televisão está sem sinal no horário da transmissão de um determinado programa – bem ou mal, são exemplos de como a técnica pode dominar nossas vidas), é preciso tomar cuidado para que a realidade descrita nos desenhos não acabe por se tornar a regra, ao invés da exceção. E talvez um caminho para que isso não ocorra seja discutir a técnica e refletir sobre cada novo avanço.

Será que ela nos auxiliará a superar nossos limites?
De certo modo, ela já ajuda. O uso de próteses permite que o homem vá além de seus limites físicos (mentais, psicológicos, etc.). Um computador é capaz de fazer cálculos que um homem normal dificilmente faria, e com uma velocidade muito superior. Os deslocamentos físicos sobre a esfera terrestre podem ser realizados com velocidades cada vez mais altas. Há drogas que permitem ao homem sair de um estado de depressão profunda em poucos dias. Mas a técnica também pode servir para criar outras limitações em nossas vidas (tipo sentir a necessidade antes inexistente de acessar os e-mails pelo menos uma vez por dia!). Daí acho que cabe dizer novamente: tudo depende do uso que se faça da técnica....

Será que ela ajudará a evolução do homem?
Depende do uso :P Mas provavelmente sim, ao menos ela tem tudo para ajudar na melhoria das condições de vida das pessoas, criando melhores condições para a sobrevivência em locais antes inóspitos, ou estabelecendo novas formas de habitar mais comodamente lugares já habitáveis, por exemplo. A máquina também pode servir para facilitar a vida do homem ao substitui-lo na realização de tarefas repetitivas e monótonas... (deixando mais tempo para que ele possa se dedicar a outras atividades que requeiram reflexão e ao lazer). Mas é preciso tomar cuidado com o determinismo tecnológico. Não é toda mudança tecnológica que necessariamente será para melhor e que necessariamente nos tornará mais felizes (ou o contrário). Mesmo com todo o avanço possível, o homem não poderá contar com a técnica para tomar as decisões inerentes à natureza humana (uma máquina será incapaz de substituir a racionalidade humana no momento de declarar uma guerra.... uma máquina será incapaz de simular (ou estimular) sentimentos reais... uma máquina será incapaz de determinar a melhor maneira de se realizar a distribuição de renda para a população (se bem que talvez a máquina dificilmente faria pior do que o modo como fazem atualmente os homens :P). Enfim, há coisas que o homem terá que seguir fazendo independente da máquina. Mas a técnica poderá contribuir para que o homem tenha mais tempo para se dedicar a essas coisas, deixando para a máquina aquilo que não lhe acrescenta nada.




quinta-feira, junho 8

  A Biblioteca de Babel

1) Ler o texto “A Biblioteca de Babel”

“Muitos peregrinaram à procura d'Ele [o livro perfeito, equiparado a deus, que sintetizasse e explicasse todos os demais]. Durante um século trilharam em vão os mais diversos rumos. Como localizar o venerado hexágono secreto que o hospedava? Alguém propôs um método regressivo: Para localizar o livro A, consultar previamente um livro B, que indique o lugar de A; para localizar o livro B, consultar previamente um livro C, e assim até o infinito...” (Jorge Luis Borges – A Biblioteca de Babel – 1941)

De certa forma, esse tipo de catalogação é possível na Internet :P Na versão do texto disponível no site Diretório de Curiosidades, por exemplo, há uma lista ao lado do texto indicando livros sobre temas relacionados :)

Enfim, pelo que entendi (se é que entendi alguma coisa), o texto fala de uma hipotética biblioteca que abrigasse todos os livros possíveis. O formato seria hexagonal, e cada estante teria um número fixo de livros, e cada livro teria o mesmo número de páginas, e nenhum livro se repetiria. Os livros seriam o conjunto de todas as combinações possíveis das letras e símbolos de todos os alfabetos e de todos os idiomas. (Mas quem seria o bibliotecário de uma biblioteca que abrigasse todo o conhecimento universal?)

Perguntas que precisam ser respondidas:

2) Responder:
2.1) A Web poderia ser considerada uma biblioteca de Babel? Explique.
De certa forma, a estrutura da web abre espaço para que ela armazene toda a informação universal. Mas devido ao caos em que se encontra essa informação atualmente, acho que dificilmente a web possa ser considerada uma biblioteca de Babel agora. Mas no futuro, caso a informação seja melhor organizada (e os livros tiverem os direitos autorais abolidos??), talvez seja possível que a web se torne uma “biblioteca de Babel”. Tem uma matéria no mesmo site do texto ("E quem digitalizará o bibliotecário?") que sugere que o papel das enciclopédias online (leia-se Wikipedia) pode ser o de permitir que as pessoas, coletivamente, organizem todas as informações, de modo que, partindo das enciclopédias, todas as informações do mundo possam ser acessadas através de links. Essa parece ser uma solução possível a longo prazo :) [e é também uma resposta possível para a questão seguinte: ]

2.2) Se a Web fosse a biblioteca, quem seria o bibliotecário? Explique.
a) Considerando-se que a web ainda não é uma biblioteca:
Os próprios usuários da biblioteca/web?
Talvez todas as pessoas em rede, como o que acontece na Wikipedia. Ia ser meio impossível ter uma única pessoa para controlar toda a informação. Cada parte e subparte da biblioteca da web poderia ter um editor responsável, que atuaria como uma espécie de bibliotecário. Mas seria humanamente impossível reunir todas as atribuições de um bibliotecário em um único ou em poucos indivíduos...
A idéia de que as enciclopédias online organizem a informação não parece tão absurda... E talvez um site de busca padrão-universal também poderia atuar como "bibliotecário" (neste caso, o bibliotecário seria o robô do site de buscas???)
b) E se ela já fosse:
O Google :) -- ou melhor, os sites de busca em geral, pois facilitam a busca por informações.

2.3) Considerando a Web como a biblioteca, analise as razões pelas quais seria difícil encontrar a informação.
A informação está dispersa e precisa ser totalmente reunida. Como novos sites podem surgir a princípio sem nenhuma vinculação com outros sites, há muitas ilhas de informação, que precisam ser conectadas. Mesmo que todas as informações pudessem ser acessadas de alguma forma, ia ser difícil encontrar maneiras de catalogar esse amontoado de informações. E mesmo que fosse tudo catalogado, ainda sim seria preciso recorrer a sistemas de busca, e o modo como os buscadores funcionam atualmente (privilegiando em seus resultados o acesso a sites já consagrados) não permitiria encontrar toda a informação possível.

2.4) Como as redes aparecem no texto? Explique.
O texto sugere que haja uma conexão entre os livros da Biblioteca de Babel (vide "epígrafe" deste post :P) para facilitar a localização dos mesmos. O tal do método regressivo de catalogação faz com que de certa forma os livros estejam dispostos em rede, pois um livro citaria outros, que por sua vez citariam outros, e assim por diante, de modo que ao pegar qualquer um dos livros seja possível encontrar a localização de outros livros, até se chegar à localização do livro que se quer encontrar [po, que complexo! hoje a gente tem os hiperlinks e ainda reclama!!].




quinta-feira, junho 1

  Economia digital

1) Procurar o último episódio de Lost em dois sistemas de busca
(também tinha a opção de procurar pela cena final dos créditos de X-Men 3 :P).

* Sistemas de busca: Google e Yahoo!

Busquei simplesmente por “último episódio da segunda temporada de Lost”, sem aspas. No Google foram 118.000 resultados, em 0.7 segundos. No Yahoo!, 32.500 resultados, em 0.6 segundos.

Apontar:
a) Qual foi mais eficiente?

O Google pareceu ser o mais eficiente porque o resultado estava na primeira página. Em termos de velocidade, o Yahoo! ganhou com um milésimo de segundo (uau!) – mas não foi capaz de encontrar a resposta buscada, ao menos não nas primeiras páginas de resultado.
No Yahoo!, o primeiro site que falava alguma coisa que realmente tivesse a ver com o último episódio da segunda temporada da série estava na segunda página de resultados – e, mesmo assim, dizia algo tri vago (só falava que o último episódio conta como caiu o avião).
b) Quem apresentou mais resultados?
Também foi o Google. 118.000.
c) Quais as diferenças e semelhanças dos resultados encontrados?
No Google aparecem mais notícias (recentes, porque o episódio foi transmitido dia 24 nos EUA), e por isso ele foi mais eficiente na busca pela informação. No Yahoo!, aparecem páginas mais antigas, e muitos blogs. Há uma notícia na primeira página de resultados, mas ela é de antes da transmissão (conta que o episódio será exibido nos EUA). Há ainda muitos blogs entre os resultados, links para a venda dos episódios em DVD, e resultados que falam de outros assuntos ainda na primeira página (como um que contava do final da segunda temporada de 24 Horas o.0).
d) Contar o resultado.
Só o início da matéria do Último Segundo (Agência Estado) (para não estragar a surpresa... ainda não vi nada da segunda temporada :P).

“No episódio final da segunda temporada de "Lost", os fãs do seriado de TV tiveram muitas respostas para os vários mistérios da trama do programa, como a razão para a queda do avião da Oceanic na ilha e o motivo pelo qual o botão da escotilha tem de ser apertado a cada 108 minutos. O capítulo de duas horas de duração teve até uma conversa em português. Pare de ler por aqui se você não quiser estragar as surpresas.”

2) Como os sistemas de busca influenciaram a sua percepção do resultado da busca? Explique.
O Google procura ordenar as páginas por relevância, com base nos inlinks que a página recebe (associação de palavras e sites por intermédio de links em outras páginas) e no sistema PageRank... e isso contribuiu para que a resposta procurada fosse mais facilmente encontrada. O Yahoo tem um sistema diferente para organizar as informações, e apareceu muita coisa pouco relevante nos resultados. Qualquer site que falasse sobre o assunto aparecia no resultado, sem ser necessariamente o mais importante (isso pode ser uma pseudo-vantagem, pois dá chance para os sites pequenos... muitos dos resultados eram postagens de blogs, por exemplo... eles dificilmente apareceriam nas primeiras páginas em uma busca similar no Google).
Enfim, a principal diferença: no Google os primeiros resultados eram de páginas já consagradas (centros) da Internet. No Yahoo, não. E a semelhança principal é que ambos baseiam-se na presença na página das palavras que foram digitadas na busca (busca por semântica?). E ambos têm robôs para buscar a informação, embora ambos também atuem às vezes como catalogadores (diretórios de links).

3) A partir de sua experiência, explique como os sistemas de busca influenciam a economia digital.
Na economia digital, quem tem a informação tem poder. Os sistemas de busca organizam a informação, e são indispensáveis à Internet (sem eles, as pessoas correriam o risco de não encontrar nada no caos da web). Assim, os sites de busca ocupam um lugar central na economia digital...
Embora seja o usuário quem escolhe o que vai procurar, o sistemas de busca podem influenciar a economia digital no sentido de que são eles quem determinam, segundo seus próprios critérios, quais páginas aparecerão primeiro nos resultados (se links patrocinadores, se sites mais linkados por outros, se páginas que digam mais vezes as palavras procuradas...).

4) Discutir, a partir de sua experiência, como os sites de busca relacionam-se com a teoria das redes.
A relação dos sistemas de busca com a teoria das redes pode estar no fato de que cada sistema de busca estabelece um critério para que as páginas sejam encontradas (não querendo repetir a resposta da questão anterior, mas já repetindo...). Isso faz com que os sites procurem se adaptar aos critérios adotados pelos sistemas de busca para adquirirem maior visibilidade. Assim, se uma das formas de adquirir maior visibilidade em um site de busca é através de um maior número de inlinks (Google), os diferentes sites vão acabar se associando (em rede -- é aqui que entra a rede!! :P) para realizar trocas de links, pois tanto o que dá o link quanto o que recebe terão interesse em ter mais (in)links para ter maior visibilidade. De certa forma, o Google contribui para a manutenção do “status quo da web” (isso existe?), pois os primeiros resultados serão sempre os centros da web, que se tornarão cada vez mais centrais, à medida que são encontrados primeiro e têm maior tendência a serem linkados por outros sites (teoria dos ricos ficam mais ricos do modelo de redes sem escala?).




quinta-feira, maio 25

  Política e ciberespaço

1) O que são cidades digitais?
Encontre uma cidade digital e explique como ela auxilia na questão da política no ciberespaço.

Cidades digitais são cidades que tiveram alguns dos seus serviços específicos digitalizados, como uma maneira de usar a tecnologia para facilitar a interação entre o poder público e o cidadão (ou isso é apenas um dos tipos de cidades digitais possível?*).

Um exemplo é a cidade de Piraí, no Rio de Janeiro, que possui sua versão digitalizada no site www.piraidigital.com.br. A versão digital constitui-se de um complexo de 5 portais, cada um destinado a uma finalidade específica.
O uso da tecnologia para intermediar as relações do cidadão com a coisa pública permite que haja uma maior transparência nas atividades políticas do município, já que há uma maior fiscalização por parte do cidadão do que seus representantes andam fazendo em prol da comunidade. A digitalização das cidades altera as relações políticas porque muita gente não participaria das decisões da cidade se não fosse pelo meio online.
Para garantir que isso seja implementado em Piraí Digital, a cidade se comprometeu a facilitar o acesso à Internet para seus habitantes. Para tanto, a cidade põe à disposição dos cidadãos diversos terminais de acesso a computadores, que podem ser usados para os fins mais diversos, desde pesquisas até entretenimento, e também para acessar o site da prefeitura da cidade e observar o que os representantes do povo andam fazendo (permite acesso a informações sobre a própria cidade).

* Encontrei algo que talvez possa explicar a confusão terminológica inicial... segundo a classificação de Aurigi e Grahan, citada no artigo “Arquitetura de cidades digitais”, as cidades digitais podem ser enraizadas (como Piraí Digital ou Aveiro Digital, em Portugal, que estão diretamente relacionadas a um município em específico) ou não-enraizadas (quando não estão ligadas a uma cidade em específico, apenas prestam serviços para o cidadão que normalmente deveriam ser desempenhados por uma cidade).

2) Encontre uma página de um partido político e analise quais opções de interação este site oferece aos cidadãos.
O site do PMDB é meio “frio”. Limita-se a prestar informações sobre o partido, numa avalanche de links e coisas para se baixar, possibilitando muito pouca interação. Mas também não dá para dizer que não há interação nenhuma. Ao menos interação reativa... O usuário que acessa praticamente só realiza interações reativas (há zilhares de links clicáveis, e cada um constrói o caminho que irá percorrer no mar de informações do site). A parte mais forte do site parece ser a seção de notícias (todas falam bem do partido, obviamente).
Algo remotamente mais interativo pode ser encontrado numa página com e-mails para contato do visitante com o partido. Tem e-mail do presidente do partido, de alguns setores, e dos núcleos partidários – mas uma falha é que o site não apresenta o nome da pessoa que vai receber a mensagem (o que é uma saída bastante esperta para que as mensagens não tenham que ser necessariamente respondidas por determinadas pessoas :P) Mas, enfim, o que seria, por exemplo, tespmdb@uol.com.br? Quem leria uma mensagem enviada para tal endereço?? :P
Para quem já é adepto ao partido, lá tem muita coisa interessante que pode ser usada nas relações políticas, como a possibilidade de download do logo do partido para utilização em finalidades diversas. Tentei encontrar uma finalidade prática para isso, mas a única idéia que me ocorreu foi postar a imagem aqui no blog (e também não sei por que cargas d'água fiz isso... talvez o fato de eles disponibilizarem a imagem para download em um lugar de destaque no site tenha contribuído para isso -- funciona!! :P)
Outra pseudo-interação possível é a possibilidade de enviar as matérias do site por e-mail para outras pessoas, o que em tese permitiria um contato entre adeptos do partido (contanto que a pessoa já conheça a pessoa para quem quer enviar o e-mail).

O site do PMDB RS já é bem melhor em termos de interação eleitor-partido. No “fale conosco” é possível escolher o cargo e o nome de quem receberá a mensagem... E tem também o número de telefone para caso alguém queira ligar para a sede gaúcha do partido.
Na parte de serviços, tem vários links úteis para os eleitores, até mesmo um link para imprimir a ficha de filiação ao partido (embora falhe em explicar o que deve ser feito com tal ficha após impressa e preenchida).

Curiosidade mata: sim, como eu desconfiava... o site do PT é bem mais divertido :P Tem beeeem mais coisa, muuuito mais interação (pô, até envio de cartão virtual?) e também tem link para fazer o download da logomarca do partido (?).

3) Procure o website de algum representante político e analise como o site permite contato deste representante com seus eleitores. Analise como esses sites podem influenciar as escolhas políticas dos cidadãos.
* Página do senador gaúcho Sérgio Zambiasi
Tem um link “Fale com Zambiasi”, com uma figurinha legal, bem na parte de cima do site, para mandar recados para o senador :)
Esses sites geralmente trabalham para passar uma boa imagem do representante, mostrando as atividades com as quais eles se envolvem, e tudo o mais. Os sites acabam ressaltando todas as atividades com as quais o representante se envolve, sem fazer muita distinção entre aquilo que ele realmente fez de diferente, e aquilo que a sua profissão exige. Obviamente, essas páginas vão sempre pintar a imagem de que a figura pública em questão é o máximo. Mas mesmo assim as páginas podem influenciar as escolhas políticas dos cidadãos porque permitem uma maior transparência nas ações do representante. O eleitor vê que está tendo resultado (ou não) e decide com melhores subsídios se reelege ou não o candidato. Não fosse pelas páginas na Internet, as pessoas dificilmente teriam acesso a detalhes das atuações dos representantes políticos (e não teriam como cobrar maiores resultados). Ia ser bem mais complicado ficar acompanhando algum dos meios tradicionais (jornal impresso, televisão) o tempo todo para tentar saber como anda o desempenho de uma determinada figura política.

4) Escreva um pequeno texto explicitando seu posicionamento a respeito de como as novas tecnologias poderão influenciar o futuro político da humanidade.
As novas tecnologias têm permitido uma maior transparência nas relações entre o cidadão e os seus representantes políticos. As informações podem ser prestadas com maior velocidade, além de estarem todas disponíveis em um local teoricamente de fácil acesso para todas as pessoas (ao menos fica bem mais fácil ir até um computador com acesso a Internet do que ir até Brasília na Câmara dos Deputados para descobrir como andam as votações de projetos de leis dos deputados federais).
Quanto a perspectivas para o futuro, não depende muito do avanço das tecnologias em si, e sim do uso que se faça delas. Assim, tanto pode acontecer de a tecnologia contribuir para melhorar as relações políticas da humanidade, permitindo que as pessoas tenham um maior acesso às políticas públicas desenvolvidas pelo Estado, e até mesmo participem da elaboração e votação de leis e projetos, quanto de a tecnologia acabar levando à negação da necessidade de um Estado... ou a existência da tecnologia intermediando as relações políticas ser totalmente neutra – nem positiva, nem negativa, apenas ali para mostrar o que os atores políticos estão fazendo, mas sem a possibilidade de o cidadão interferir nessa relação.
Considerando-se um cenário futuro de uma boa utilização da tecnologia, pode até acontecer de o Estado como o conhecemos hoje desaparecer, e seu papel passar a ser ocupado não por pessoas específicas, mas pelas decisões tomadas por todos a partir da Internet. O primeiro passo para que isso se torne possível é através da garantia de acesso a todos os habitantes à Internet (e isso pode ser feito, por exemplo, a partir das iniciativas de tecnologização das cidades digitais).
Mas, sei lá, acho pouco provável que isso aconteça. Uma democracia total é praticamente impossível, visto que, quanto maior o número de opiniões em jogo, maior a probabilidade de não se atingir um consenso. Assim, o que parece mais possível de acontecer é que as novas tecnologias contribuam para que o cidadão tenha uma maior participação no sentido de poder fiscalizar de como as coisas estão sendo feitas (e, conseqüentemente, garantir/assegurar que boas coisas sejam feitas). Mas o uso massivo das novas tecnologias não será suficiente para eliminar a necessidade de se ter alguém para tomar as decisões no lugar das pessoas. Em suma, o cidadão vai poder opinar cada vez mais. Mas essa opinião não será vinculante.




quinta-feira, maio 18

  Ciberpunk

1 - Visitar:
http://www.darkgoku.hpg.ig.com.br
http://www.correiodabahia.com.br/2001/06/13/noticia.asp?link=not000028528.xml
http://www.pnw.ca.tc
http://www.astalavista.com
http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/cyberpunk/ (entrevista com hackers, arquivo de páginas hackeadas, delegacia de polícia).


2 - Responder:
1. Como a ideologia ciberpunk aparece nos exemplos? Explique.
Em todas as páginas é possível perceber que a intenção dos hackers e afins é a de mudar o modo com o as coisas são. O descontentamento com o sistema é um dos pilares da ideologia ciperpunk. No relato do delegado de polícia sobre os crimes virtuais, por exemplo, é possível constatar as diversas formas que alguém insatisfeito com o jeito que as coisas são pode agir no território da Internet. O site de buscas também é interessante. Utilizando um sistema análogo e nome semelhante ao de um site de buscas tradicional, ele procura disponibilizar recursos para aqueles que querem ir contra as regras normais de convívio no ciberespaço. A entrevista com o grupo de hackers mostra o quanto eles são fascinados pela tecnologia, e agem com a intenção de melhorá-la (será?).

2. A atividade ciberpunk é necessária à cibercultura? Explique.
Talvez, para manter o equilíbrio do sistema... Por exemplo, os hackers (no sentido original da palavra) são úteis pois mostram as falhas do sistema...
Além do mais, o que seria do normal se não existisse o anormal? (O que seria do azul se todos preferissem o amarelo? :P). Se não houvesse atitudes descontentes, a Internet não teria condições de evoluir (-- ou retroceder; enfim, mudar). Se todos fizessem a mesma coisa, novos usos para as ferramentas jamais seriam descobertos. (Okay, meio perigoso isso... sob essa perspectiva, dá até mesmo para justificar a atitude dos crackers o.0).

3. Explique como cada um dos 3 exemplos de APROPRIAÇÃO, DESVIO e DESPESA reflete a ideologia (atitude) ciperpunk.
APROPRIAÇÃO
Exemplos: conversa de 3 segundos no celular, uso do scrapbook como bate-papo, uso do Orkut para bisbilhotar a vida alheia
A apropriação se dá quando as pessoas passam a utilizar um produto de forma diversa da proposta inicial do fabricante do mesmo. Do mesmo modo que a atitude ciperpunk, talvez isso se dê por conta do desejo de mudar o sistema, de querer que as coisas sejam de uma forma diferente de como elas realmente são. Embora seja impossível prever todos os usos que se fará de um determinado produto já desde o momento em que ele surge, certamente o fato de os celulares não cobrarem as ligações com menos de 3 segundos, por exemplo, não estava previsto para se tornar uma nova forma de comunicação entre as pessoas que querem falar sem pagar.

DESVIO
Exemplos: hacker (desviante puro), assassinos em série (geralmente, anticonvencionais -- no fundo, querem ser descobertos :P), sonegadores de impostos, criminosos virtuais
O desvio acontece quando alguém age fora dos padrões da normalidade (mas talvez se não houvessem os desviantes não haveria como se aferir o que seria a tal 'normalidade'). Eles tentam escapar das regras, seja para supostamente fazer o bem (hacker), seja para fazer o mal (assassinos em série), ou apenas para se beneficiarem disso (sonegadores). A atitude ciperpunk se caracteriza por um descontentamento com a estrutura e uma vontade de mudar o sistema. Assim, os desviantes manifestam sua insatisfação com as regras da sociedade a partir do descumprimento das mesmas. O objetivo deles é o de fazer da exceção a regra.

DESPESA
Exemplos: MSN, festas, jogos online
A despesa improdutiva serve como motivação para que haja produção útil. É impossível ser produtivo o tempo todo, e por isso as pessoas necessitam de algo para distrair a atenção. Usar o tempo para conversar no msn, ir a festas ou jogar online supostamente são atividades inúteis, pois são improdutivas para a sociedade (não geram diretamente nada de útil para os demais habitantes da face da Terra :P). Entretanto, tais atividades supostamente improdutivas contribuiriam, ao menos de forma indireta, para que as pessoas tivessem motivação para produzir coisas ‘úteis’ com mais entusiasmo.

4. Como a teoria das redes está relacionada ao movimento ciberpunk.
A teoria das redes permite que o movimento se propague... A descentralização das redes facilita o anonimato... O caos da informação em rede dificulta o rastreamento. Esse contexto acaba facilitando a atuação de hackers e crackers. :P
O movimento ciberpunk se beneficiaria da teoria das redes no sentido de que seus participantes podem se associar em grupos para planejar e efetuar ataques (como o grupo Pirates of Network). E, bem, como o ataque não parte de uma pessoa em específico, fica mais difícil de identificar de onde ele partiu e quem são os responsáveis, o que garante que os crackers e hackers, por serem difíceis de serem pegos, manifestem seus descontentamentos com a sociedade e com o jeito que as coisas são de modo ad eternum.




quinta-feira, maio 11

  Negação da Remidiação

Negação dos argumentos do post anterior (o Direito me persegue :P):

O produto do Bruno não é uma remidiação porque o produto segue sendo um microondas, independente de ter uma função a mais ou não, pois ele segue cumprindo a função de aquecer o produto. É uma convergência de funções do microondas e do freezer, e vai contra a tendência de mercado de separar cada vez mais as funções do eletromésticos com o objetivo de vender mais produtos inúteis e desnecessários.

A foto alterada da Daiane não é uma remidiação porque até o momento da foto ser impressa pela primeira vez ela ainda não é uma foto em si (é apenas uma imagem digitalizada formada pela alternância de seqüências padrão de zeros e uns), e como a foto digital já foi impressa de forma manipulada, e a gente não teve acesso à foto original, é como se aquela fosse a imagem original. Uma foto só é foto a partir do momento em que é impressa. Se após imprimi-la a Daiane a tivesse scanneado, aí sim poder-se-ia falar em remidiação. Além do mais, quem nos garante que a imagem não era uma foto da Daiane refletida num espelho??
Em certo sentido, haveria a 'convergência' de foto do meio digital para foto impressa, Mas isso é uma tendência natural de se imprimir fotos digitais, e, [atenção! conclusão tosca e sem sentido a seguir -->] por isso, não seria uma remidiação.




  Remidiação

Escolher dois produtos e:
1 - Dizer se são realmente uma remidiação.
2 - Dizer se há hipermediação ou imediação.

- O trabalho do Bruno (Macroondas) é uma remidiação porque incluiu novas funções ao produto original. O Microondas é um produto que só serve para aquecer alimentos, e na versão do Bruno ele também teria a função extra de esfriar alimentos.
Quanto a hipermediação e imediação, talvez ocorra hipermediação (a presença do meio é ressaltada) quando a pessoa ainda está aprendendo a operar o produto, e precise ler os rótulos dos botões para programar corretamente o que vai fazer. Poderá haver imediação no momento em que a pessoa começar a fazer a tarefa automaticamente, sem pensar que está colocando o produto no macroondas, e apenas se fixe no produto final, sem lembrar que há botões que acionam dispositivos que liberam macroondas (?) que aquecem ou esfriam os alimentos.

- Já o trabalho da Daiane pode ser considerado uma remidiação porque ela alterou a foto. E talvez seja também uma remidiação da remidiação porque a foto foi alterada digitalmente (primeira remidiação) e depois foi impressa (remidiação da remidiação). Enfim, o meio original (foto) foi alterado, e por isso é uma remidiação.
Será uma hipermediação quando a pessoa olhar a foto e pensar que é uma foto e que ela foi alterada digitalmente (ressalta o fato de que é um meio, uma foto, em detrimento do fato de ser também uma cena retratada). Se alguém se fixar no fato retratato (duas Daianes) poderá então se falar em uma imediação (esquece que é uma foto e passa a falar do que ela retrata).




sexta-feira, abril 21

  Resposta da prova

Tentativa de responder novamente a última questão da prova... (desta vez aplicando a matéria :P)

2. b) Imaginando que você é um policial que busca coibir os crimes virtuais, crie uma estratégia que seja lógica e possível para tal.
Um policial que quisesse coibir crimes virtuais primeiro teria que descobrir um dos integrantes de uma organização criminosa, para então, ao invés de puni-lo diretamente, utilizá-lo como meio para chegar aos demais integrantes da quadrilha. Para tanto, ele poderia tentar acessar os mesmos lugares que o grupo acessa na internet para se comunicar. Para proteger sua identidade, o policial poderia usar um avatar. Um avatar é uma representação virtual do corpo material de alguém. No espaço virtual, é possível criar uma representação diversa do que se é, e utilizá-la para diversos fins. Assim, um policial poderia criar um perfil falso para se infiltrar na rede que os criminosos utilizam para se comunicarem e combinar ataques (anteriormente descoberta ao se identificar um dos integrantes da quadrilha). Se o policial conseguir atingir o núcleo da organização criminosa, terá condições de prender todos os integrantes (ao invés de punir apenas o primeiro que conseguiu atingir).

-- E por que é que eu não consegui pensar em algo tão simples assim na hora da prova? :P


   


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