(Pseudo)Blog

      


terça-feira, junho 13

  Animatrix

Técnica X Homem

Será que a técnica trará, como mostram os desenhos, um futuro tenebroso para a humanidade?
Talvez. Tudo dependerá de como o homem utilizar a técnica. Não tem como parar os avanços tecnológicos, mas é preciso ir com calma. Ao invés de se maravilhar com cada descoberta, as pessoas deveriam se preocupar em avaliar o impacto que ela poderá causar na sociedade antes de colocá-la em prática. Por exemplo, os robôs deveriam servir para facilitar a vida das pessoas, e não para tirar o emprego daqueles que querem trabalhar.
Com o avanço da técnica, as possibilidades vão se alargando. Mas é preciso verificar se realmente vale a pena cada interferência na vida das pessoas, para o futuro não acabar se tornando o absurdo que ocorre nos desenhos 2 e 3 (o homem cria a máquina inteligente, depois decide se livrar da máquina, a máquina se une e decide ir contra o homem, em prol de sua subsistência, e por fim consegue triunfar, utilizando o metabolismo dos homens como fonte de energia). Embora se trate de uma metáfora para o que em tese já acontece (em pequena escala) no dia-a-dia (tipo quando alguém se revolta quando um computador dá erro, ou se irrita porque a televisão está sem sinal no horário da transmissão de um determinado programa – bem ou mal, são exemplos de como a técnica pode dominar nossas vidas), é preciso tomar cuidado para que a realidade descrita nos desenhos não acabe por se tornar a regra, ao invés da exceção. E talvez um caminho para que isso não ocorra seja discutir a técnica e refletir sobre cada novo avanço.

Será que ela nos auxiliará a superar nossos limites?
De certo modo, ela já ajuda. O uso de próteses permite que o homem vá além de seus limites físicos (mentais, psicológicos, etc.). Um computador é capaz de fazer cálculos que um homem normal dificilmente faria, e com uma velocidade muito superior. Os deslocamentos físicos sobre a esfera terrestre podem ser realizados com velocidades cada vez mais altas. Há drogas que permitem ao homem sair de um estado de depressão profunda em poucos dias. Mas a técnica também pode servir para criar outras limitações em nossas vidas (tipo sentir a necessidade antes inexistente de acessar os e-mails pelo menos uma vez por dia!). Daí acho que cabe dizer novamente: tudo depende do uso que se faça da técnica....

Será que ela ajudará a evolução do homem?
Depende do uso :P Mas provavelmente sim, ao menos ela tem tudo para ajudar na melhoria das condições de vida das pessoas, criando melhores condições para a sobrevivência em locais antes inóspitos, ou estabelecendo novas formas de habitar mais comodamente lugares já habitáveis, por exemplo. A máquina também pode servir para facilitar a vida do homem ao substitui-lo na realização de tarefas repetitivas e monótonas... (deixando mais tempo para que ele possa se dedicar a outras atividades que requeiram reflexão e ao lazer). Mas é preciso tomar cuidado com o determinismo tecnológico. Não é toda mudança tecnológica que necessariamente será para melhor e que necessariamente nos tornará mais felizes (ou o contrário). Mesmo com todo o avanço possível, o homem não poderá contar com a técnica para tomar as decisões inerentes à natureza humana (uma máquina será incapaz de substituir a racionalidade humana no momento de declarar uma guerra.... uma máquina será incapaz de simular (ou estimular) sentimentos reais... uma máquina será incapaz de determinar a melhor maneira de se realizar a distribuição de renda para a população (se bem que talvez a máquina dificilmente faria pior do que o modo como fazem atualmente os homens :P). Enfim, há coisas que o homem terá que seguir fazendo independente da máquina. Mas a técnica poderá contribuir para que o homem tenha mais tempo para se dedicar a essas coisas, deixando para a máquina aquilo que não lhe acrescenta nada.




quinta-feira, junho 8

  A Biblioteca de Babel

1) Ler o texto “A Biblioteca de Babel”

“Muitos peregrinaram à procura d'Ele [o livro perfeito, equiparado a deus, que sintetizasse e explicasse todos os demais]. Durante um século trilharam em vão os mais diversos rumos. Como localizar o venerado hexágono secreto que o hospedava? Alguém propôs um método regressivo: Para localizar o livro A, consultar previamente um livro B, que indique o lugar de A; para localizar o livro B, consultar previamente um livro C, e assim até o infinito...” (Jorge Luis Borges – A Biblioteca de Babel – 1941)

De certa forma, esse tipo de catalogação é possível na Internet :P Na versão do texto disponível no site Diretório de Curiosidades, por exemplo, há uma lista ao lado do texto indicando livros sobre temas relacionados :)

Enfim, pelo que entendi (se é que entendi alguma coisa), o texto fala de uma hipotética biblioteca que abrigasse todos os livros possíveis. O formato seria hexagonal, e cada estante teria um número fixo de livros, e cada livro teria o mesmo número de páginas, e nenhum livro se repetiria. Os livros seriam o conjunto de todas as combinações possíveis das letras e símbolos de todos os alfabetos e de todos os idiomas. (Mas quem seria o bibliotecário de uma biblioteca que abrigasse todo o conhecimento universal?)

Perguntas que precisam ser respondidas:

2) Responder:
2.1) A Web poderia ser considerada uma biblioteca de Babel? Explique.
De certa forma, a estrutura da web abre espaço para que ela armazene toda a informação universal. Mas devido ao caos em que se encontra essa informação atualmente, acho que dificilmente a web possa ser considerada uma biblioteca de Babel agora. Mas no futuro, caso a informação seja melhor organizada (e os livros tiverem os direitos autorais abolidos??), talvez seja possível que a web se torne uma “biblioteca de Babel”. Tem uma matéria no mesmo site do texto ("E quem digitalizará o bibliotecário?") que sugere que o papel das enciclopédias online (leia-se Wikipedia) pode ser o de permitir que as pessoas, coletivamente, organizem todas as informações, de modo que, partindo das enciclopédias, todas as informações do mundo possam ser acessadas através de links. Essa parece ser uma solução possível a longo prazo :) [e é também uma resposta possível para a questão seguinte: ]

2.2) Se a Web fosse a biblioteca, quem seria o bibliotecário? Explique.
a) Considerando-se que a web ainda não é uma biblioteca:
Os próprios usuários da biblioteca/web?
Talvez todas as pessoas em rede, como o que acontece na Wikipedia. Ia ser meio impossível ter uma única pessoa para controlar toda a informação. Cada parte e subparte da biblioteca da web poderia ter um editor responsável, que atuaria como uma espécie de bibliotecário. Mas seria humanamente impossível reunir todas as atribuições de um bibliotecário em um único ou em poucos indivíduos...
A idéia de que as enciclopédias online organizem a informação não parece tão absurda... E talvez um site de busca padrão-universal também poderia atuar como "bibliotecário" (neste caso, o bibliotecário seria o robô do site de buscas???)
b) E se ela já fosse:
O Google :) -- ou melhor, os sites de busca em geral, pois facilitam a busca por informações.

2.3) Considerando a Web como a biblioteca, analise as razões pelas quais seria difícil encontrar a informação.
A informação está dispersa e precisa ser totalmente reunida. Como novos sites podem surgir a princípio sem nenhuma vinculação com outros sites, há muitas ilhas de informação, que precisam ser conectadas. Mesmo que todas as informações pudessem ser acessadas de alguma forma, ia ser difícil encontrar maneiras de catalogar esse amontoado de informações. E mesmo que fosse tudo catalogado, ainda sim seria preciso recorrer a sistemas de busca, e o modo como os buscadores funcionam atualmente (privilegiando em seus resultados o acesso a sites já consagrados) não permitiria encontrar toda a informação possível.

2.4) Como as redes aparecem no texto? Explique.
O texto sugere que haja uma conexão entre os livros da Biblioteca de Babel (vide "epígrafe" deste post :P) para facilitar a localização dos mesmos. O tal do método regressivo de catalogação faz com que de certa forma os livros estejam dispostos em rede, pois um livro citaria outros, que por sua vez citariam outros, e assim por diante, de modo que ao pegar qualquer um dos livros seja possível encontrar a localização de outros livros, até se chegar à localização do livro que se quer encontrar [po, que complexo! hoje a gente tem os hiperlinks e ainda reclama!!].




quinta-feira, junho 1

  Economia digital

1) Procurar o último episódio de Lost em dois sistemas de busca
(também tinha a opção de procurar pela cena final dos créditos de X-Men 3 :P).

* Sistemas de busca: Google e Yahoo!

Busquei simplesmente por “último episódio da segunda temporada de Lost”, sem aspas. No Google foram 118.000 resultados, em 0.7 segundos. No Yahoo!, 32.500 resultados, em 0.6 segundos.

Apontar:
a) Qual foi mais eficiente?

O Google pareceu ser o mais eficiente porque o resultado estava na primeira página. Em termos de velocidade, o Yahoo! ganhou com um milésimo de segundo (uau!) – mas não foi capaz de encontrar a resposta buscada, ao menos não nas primeiras páginas de resultado.
No Yahoo!, o primeiro site que falava alguma coisa que realmente tivesse a ver com o último episódio da segunda temporada da série estava na segunda página de resultados – e, mesmo assim, dizia algo tri vago (só falava que o último episódio conta como caiu o avião).
b) Quem apresentou mais resultados?
Também foi o Google. 118.000.
c) Quais as diferenças e semelhanças dos resultados encontrados?
No Google aparecem mais notícias (recentes, porque o episódio foi transmitido dia 24 nos EUA), e por isso ele foi mais eficiente na busca pela informação. No Yahoo!, aparecem páginas mais antigas, e muitos blogs. Há uma notícia na primeira página de resultados, mas ela é de antes da transmissão (conta que o episódio será exibido nos EUA). Há ainda muitos blogs entre os resultados, links para a venda dos episódios em DVD, e resultados que falam de outros assuntos ainda na primeira página (como um que contava do final da segunda temporada de 24 Horas o.0).
d) Contar o resultado.
Só o início da matéria do Último Segundo (Agência Estado) (para não estragar a surpresa... ainda não vi nada da segunda temporada :P).

“No episódio final da segunda temporada de "Lost", os fãs do seriado de TV tiveram muitas respostas para os vários mistérios da trama do programa, como a razão para a queda do avião da Oceanic na ilha e o motivo pelo qual o botão da escotilha tem de ser apertado a cada 108 minutos. O capítulo de duas horas de duração teve até uma conversa em português. Pare de ler por aqui se você não quiser estragar as surpresas.”

2) Como os sistemas de busca influenciaram a sua percepção do resultado da busca? Explique.
O Google procura ordenar as páginas por relevância, com base nos inlinks que a página recebe (associação de palavras e sites por intermédio de links em outras páginas) e no sistema PageRank... e isso contribuiu para que a resposta procurada fosse mais facilmente encontrada. O Yahoo tem um sistema diferente para organizar as informações, e apareceu muita coisa pouco relevante nos resultados. Qualquer site que falasse sobre o assunto aparecia no resultado, sem ser necessariamente o mais importante (isso pode ser uma pseudo-vantagem, pois dá chance para os sites pequenos... muitos dos resultados eram postagens de blogs, por exemplo... eles dificilmente apareceriam nas primeiras páginas em uma busca similar no Google).
Enfim, a principal diferença: no Google os primeiros resultados eram de páginas já consagradas (centros) da Internet. No Yahoo, não. E a semelhança principal é que ambos baseiam-se na presença na página das palavras que foram digitadas na busca (busca por semântica?). E ambos têm robôs para buscar a informação, embora ambos também atuem às vezes como catalogadores (diretórios de links).

3) A partir de sua experiência, explique como os sistemas de busca influenciam a economia digital.
Na economia digital, quem tem a informação tem poder. Os sistemas de busca organizam a informação, e são indispensáveis à Internet (sem eles, as pessoas correriam o risco de não encontrar nada no caos da web). Assim, os sites de busca ocupam um lugar central na economia digital...
Embora seja o usuário quem escolhe o que vai procurar, o sistemas de busca podem influenciar a economia digital no sentido de que são eles quem determinam, segundo seus próprios critérios, quais páginas aparecerão primeiro nos resultados (se links patrocinadores, se sites mais linkados por outros, se páginas que digam mais vezes as palavras procuradas...).

4) Discutir, a partir de sua experiência, como os sites de busca relacionam-se com a teoria das redes.
A relação dos sistemas de busca com a teoria das redes pode estar no fato de que cada sistema de busca estabelece um critério para que as páginas sejam encontradas (não querendo repetir a resposta da questão anterior, mas já repetindo...). Isso faz com que os sites procurem se adaptar aos critérios adotados pelos sistemas de busca para adquirirem maior visibilidade. Assim, se uma das formas de adquirir maior visibilidade em um site de busca é através de um maior número de inlinks (Google), os diferentes sites vão acabar se associando (em rede -- é aqui que entra a rede!! :P) para realizar trocas de links, pois tanto o que dá o link quanto o que recebe terão interesse em ter mais (in)links para ter maior visibilidade. De certa forma, o Google contribui para a manutenção do “status quo da web” (isso existe?), pois os primeiros resultados serão sempre os centros da web, que se tornarão cada vez mais centrais, à medida que são encontrados primeiro e têm maior tendência a serem linkados por outros sites (teoria dos ricos ficam mais ricos do modelo de redes sem escala?).


   


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